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                   Foto:  Gooole  (mais recente (2022?) do  que em 1993, época da visita, mas revela a topografia da cidade ...) 
                    
                    RECIFE - PERNAMBUCO 
                  14-03-1993 
                    
                  Recife  é bonita de avião! O avião sobrevoando o sudoeste. 
                    Ao fundo, as praias urbanas com seus arrecifes e seus  espigões cada vez mais altos na orla que vai  de Boa Viagem a Piedade, já no município de Jaboatão. 
                    Na direção norte aparecem os canais da “Veneza brasileira” (Recife!) — os rios  Capibaribe e Beberibe, o porto e as inúmeras pontes. Ao fundo, a planura e a  acrópoles de Olinda, demarcada agora com praias cercadas de prédios altos. Para  completar a paisagem, nas proximidades da cidade universitária, as autopistas,  os viadutos e os conjuntos residenciais populares.  
                    Uma cidade enorme, mas cheia de surpresas, com bairros tradicionais,  senhoriais, outros mais telúricos e populares... 
                    César Guerra-Peixe (1994-1993) disse que Recife é musical por excelência, sua  riqueza de ritmos e movimentos é quase infinita, aberta a pesquisas  permanentes. Música menos miscigenada que a da Bahia, mais próxima de nossas  raízes portuguesas. 
                    E tem também o lado holandês, tão do orgulho dos pernambucanos.  
                    São poucas as relíquias batavas mas, a julgar pelas gravuras dos viajantes e  pelos mapas e planos urbanísticos, a cidade de Mauricio de Nassau era para ser  mesmo a vanguarda do mundo. Não é à toa que os holandeses que deixaram Recife,  expulsos pelos portugueses, compraram a Ilha de Manhattan! É o Capibaribe e o  Beberibe unindo-se para formar o oceano Atlântico!... 
                
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